
Afinal, o gel de carboidrato cumpre qual função? E como tomar?
Você é ciclista? Consome gel de carboidratos? Provavelmente sim!!!
Mas qual a importância disto? Há uma forma correta de fazer? Há alternativas?
Vamos lá…
Os carboidratos que as pessoas consomem são convertidos pelo fígado e pelos músculos em glicogênio no organismo. Ele queima rapidamente para produzir energia.
Corredores podem armazenar 8 joules ou 2 mil cal/kg (calorias por quilo) de glicogênio no corpo, o suficiente para cerca de 30 km de corrida. A partir desse ponto ela pode se esgotar.
[irp posts=”40616″ name=”Café com Bike #8 | Sertão Diamante e Alimentação Pós Pedal”]
Quando o nível de glicogênio se torna baixo, o corpo começa a queimar energia da gordura existente, que não queima tão rápido quanto o glicogênio. Quando isto ocorre, o corredor começa a experimentar uma grande fadiga e “bate no muro”, expressão usada no atletismo e no ciclismo, que significa que o atleta encontra pela frente uma grande dificuldade – e muitas vezes, impossibilidade – de continuar a prova.
Uma maneira de evitar ou retardar a chegada do “muro” na maratona, é maximizar o glicogênio disponível de maneira que a fadiga a partir dos 30 km não seja tão forte. Isto é conseguido utilizando uma grande quantidade de energia proveniente da gordura queimada mesmo durante os estágios iniciais da corrida, economizando o glicogênio.
Géis energéticos à base de carboidratos são usados pelos corredores para evitar ou reduzir os efeitos do “muro”, já que eles proporcionam fácil digestão de energia durante a corrida.
Eles precisam ser consumidos com alguma quantidade de água.
[irp posts=”2444″ name=”5 coisas para nunca beber antes de pedalar”]
As recomendações da frequência com que o corredor deve se abastecer de gel antes e durante a corrida variam de pessoa para pessoa. Alternativas ao gel incluem tipos de açúcar concentrados e alimentos ricos em carboidratos que podem ser facilmente digeridos. Muito atletas experimentam diversos tipos de suplementos de energia durante os treinos para descobrir qual lhes é mais útil.
É também importante evitar usar qualquer tipo de analgésico anti-inflamatório não-esteroide (por exemplo, aspirina, ibuprofeno, naproxeno), uma vez que estes remédios podem mudar a forma como os rins regulam o fluxo de sangue no organismo e pode levar a graves problemas renais, especialmente em casos que envolvam desidratação de moderada a grave durante a prova.
[irp posts=”2414″ name=”9 melhores dicas dos nutricionistas do Tour de France”]
Portanto os géis de carboidrato são muito importantes para nós, ciclistas.
Mas não adianta sair para uma prova de 40k, com previsão de completar em 2 horas com 2 ou 3 saches no bolso.
Cada fabricante vai indicar na embalagem a frequência de consumo necessária para que os efeitos sejam os esperados, mas no geral as doses são as seguintes:
- 1 sachê (25 a 30g) antes da largada
- 1 sachê (25 a 30g) a cada 30 – 45 minutos de prova
Existem alternativas ao gel, para aqueles que não suportam o sabor ou não se adaptam:
Existem pós de carboidratos que podem ser diluídos na água e também cumprem a função, no entanto esta opção é menos indicada pois você teria que levar um pouco deste pó para reabastecer durante a prova em mais água, e isto é quase impossível de fazer, especialmente se você estiver numa pegada forte.
Outra opção, para os mais naturalistas, é o mel de abelhas. Um sachê de gel tem em média 21g de carboidratos para cada 32g de gel. O mel, equivalentemente proporcionará a mesma ou um pouco à mais de carboidratos para a mesma porção. A vantagem do mel é que além do carbo ele possui doses significativas de sódio e potássio, que ajudarão na reidratação à partir de sais minerais eletrólitos (e isto é muito importante).
[irp posts=”17″ name=”Os super alimentos que os ciclistas devem consumir para melhorar sua performance”]
E porque estes carboidratos não podem ser ingeridos através de massas ou leguminosas (pão, batatas, etc) durante a prova?
Não é indicado, pois além da dificuldade para transportar e se alimentar, a absorção seria muito lenta e seria necessário comer uma quantidade grande destes alimentos para se obter as doses de carbo necessárias. Mas quem desejam pode tentar.
O que não pode faltar são carboidratos!